Saturday, February 27, 2016

A criação de mais uma vacina: a verdade por trás da fase 'pré-clínica'

Estamos cansados de saber que para >evitar< que as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue da febre chikungunya >nasçam< e se criem os métodos mais eficazes pra isso são: evitar o acúmulo de água, colocar areia nos vasos das plantas, limpar as calhas, colocar tela nas janelas, limpar piscinas, ser consciente com o seu lixo e etc.

Infelizmente tem muito descaso nessa história, descaso dos próprios moradores, descaso da saúde pública.
O zika vírus tornou um caso epidemiológico principalmente no Brasil entre 2015/2016 porque houve falhas na vigilância, houve a urbanização precária das cidades e clima tropical propício para os mosquitinhos.
Se um morador tem o seu próprio lixão dentro de casa e não se importa com as consequências daquilo, a culpa é do morador e da negligência das políticas públicas também.

Os estados ignoram consequências de uma epidemia pública, e só quando se torna surto começa a trabalhar. Acredito que seja uma parte culpa da saúde pública e outra da responsabilização individual sim, a população também deve fazer sua parte, não só num canto, mas em todo o país.

Agora com a comprovação de que o mosquito de fato causa microcefalia em bebês fez com que o pavor fosse global, e, movimente laboratórios e farmacêuticos(as) pelo mundo. Já existem 15 iniciativas para desenvolver a vacina.

Chega mais uma epidemia global, chega a hora de criar vacinas, e quem paga por isso? exatamente, os únicos inocentes da história, os animais.

No processo de criação da vacina contra o zika, todos os/as cientistas (de todo o mundo) que estão envolvidos na fabricação, novamente todos utilizam ratos, camundongos e coelhos como cobaias.

                                                           

                                         
                                       
Os vírus são injetados nos animais saudáveis para ver uma resposta imunológica falha já que é uma vacina para humanos.

Os animais são expostos ao vírus e mede-se o nível de proteção alcançado para várias doses da vacina. Se a vacina não funciona, ela pode ser descartada. Pode haver dezenas de candidatas. Assim como animais serão descartados como ''inúteis para a pesquisa'' e serão usados dezenas de ratos e coelhos até a porcaria da vacina funcionar. Olha a burrice desses humanos.

O cérebro e o fígado dos animais precisaram dizer se é tóxica ou não. No caso da vacina da zika, serão realizados testes em fetos de fêmeas prenhes. Isto mesmo, o feto de fêmeas grávidas são utilizadas no processo de fase ''pré-clínica'' que nada mais é que a hora em que quem pode mais, chora menos.

Ratos  (fêmeas e machos) vão ter buracos em seus crânios por perfurações, serão infligidos com doenças incapacitantes e vão ser obrigados a se desgastar em esteira até entrarem em colapso por exaustão. Estes produtos químicos serão injetados em seus cérebros e fígados, depois da tortura serão mortos e dissecados. Eles usam e abusam dos animais, congelam seus corpos, dezenas serão descartados como se fossem lixos, mas ainda é visto como ''ético''.
Qual é o resultado desses experimentos (exceto um monte de sofrimento)?

Antes de chegar para os humanos, eles acham que é preciso que haja testes em animais com um lote de vacina fabricado com ''boas práticas de manufatura'', para ''garantir'' que é o vírus e não um contaminante.

Aí se eles acham que torturaram um número significativo de mamíferos, os testes em humanos podem ser iniciados. Primeiro, com menos gente para testar doses e avaliar ''segurança''. Depois, milhares de voluntários participam para avaliar a eficácia e efeitos colaterais mais raros.

Se é assim, os >seres humanos< voluntários devem passar pela fase pré-clínica sim, isto é óbvio, são suas próprias vacinas (?), são racionais, existe voz e poder, poderão dar informações mais rápidas e precisas para os cientistas  (assim não demorará 10 anos para ficar pronta).


Não é questão de ''sugestão'' de neurocientistas, é comprovado que todas as diferentes espécies de não-humanos possuem substratos neurológicos, assim geram a consciência e comportamento intencional, isso é a dor. Todo mundo sabe que os animais sentem dor, não é questão de ''fulano sugere'', isso é desculpa do comitê de ''ética''. O comitê de ética acha que os animais estão aqui pra nos servir. Acha ético os animais terem evoluído há centenas de milhares de anos pra acabarem sendo massacrados pela mão dessa humanidade podre, que ainda hoje não mudou porra nenhuma. O comitê de ética é tóxico. Pau no cu do comitê de ética.

''É importante testá-los em animais para evitar que voluntários humanos sejam submetidos a substâncias perigosas'', mas foda-se o sofrimento daqueles animais. não é mesmo? é justíssimo os animais sofrerem com estes testes pra obtenção de medicamento e produto que beneficia humanos, não existem exploração nisso, é muito ético, a vida humana é mais importante que a destes seres inocentes, já que eles não podem pedir por socorro, então podem fazer o que quiser com eles, muito bom, palmas para a ciência-médica. Os caras não se acham os bonzões? então, quero ver dar a cara pra bater, nessa hora quem paga é quem não tem nada a ver.

''Apesar de continuarmos perseguindo esse objetivo, em um futuro próximo, a meta mais realista seria reduzir o número de animais utilizados em propósitos científicos associando diferentes técnicas às alternativas já existentes e, sempre que possível, refinar as técnicas para que o desconforto seja reduzido ao mínimo. O mais sensato, portanto, é admitir que existem métodos complementares, mas que não podem ser considerados substitutos.'' Nitidamente podemos ver que a comunidade médica-científica pode ser comparada às ''industrias'' cruéis e assassinas da carne animal, leite e ovos por exemplo. O 'bem-estarismo' é o mesmo. O pensamento de ''diminuir'' sofrimento ao invés de 'banir' de uma vez por todas é o mesmo. É lamentável e revoltante acharem necessidade nisso.

Vamos lá,  Ray Greek, médico norte-americano contrário a testes em animais, disse, numa entrevista em 2010, que as pesquisas em animais não geram resultados construtivos e que o computador já poderia substituí-los, mesmo seis anos atrás. (infelizmente Ray disse ser contra os testes em animais não por motivos éticos, mas científicos, ou seja, ele não está nem um pouco ligado à causa animal, mas afirmou que cientificamente testes em animais são inúteis e puro desperdício de dinheiro).
''Não temos informações suficientes para criar 100% do corpo humano e isso não vai acontecer nos próximos 100 anos. Mas não precisamos de todas essa informação. O que precisamos saber como e do que um receptor celular é constituído - Isso já sabemos - E a partir daí podemos desenvolver, no computador, remédios baseados nas leis da químicas que se encaixem nesses receptores. Depois disso, a droga é testada em tecido humano e depois em seres humanos. Antes disso acontecer, contudo, muitos testes são feitos in vitro e em tecidos humanos até chegar em um voluntário humano.'' Com as vacinas não seria diferente.
 O ''método alternativo'' que muitos >cientistas< graduados querem instalar, é recorrer ao uso de mamíferos pra utilizar peixes, anfíbios, répteis, pássaros, insetos e microorganismos. Isso é uma vergonha. Então quer dizer que espécies que não sejam mamíferos são o que, vegetais? é um absurdo ler isto.

Não adianta banir somente a experimentação animal no meio cosmético e alimentício sendo que estes são apenas a ponta do iceberg.

Se existisse apoio e verba dos governos mundias, a fase 'pré-cínica' nem existiria. Quero dizer, a tecnologia está aí, avançamos a cada dia, alternativas e técnicas computadorizadas não irão faltar. Mas preferem gastar dinheiro do povo com coisa inútil ou roubar e recusam um grande investimento ético pra continuar numa era primitiva de abusos físicos e mentais, tortura e mais tortura, enchendo os bolsos nas custas dos animais, já que ainda hoje a maioria da população acha que os animais estão aqui pra nos servir e agonizarem até a morte em nossas mãos.

Ou seja? primeiramente, quem leva tudo nas costas e agoniza em clínica são os animais.

A ação não é a mesma. Eles sabem muito bem disso. Mas são covardes, já que os animais não tem voz e proteção, usam e abusam em nome da ciência-médica da experimentação animal, uma ciência nada ética, uma ciência sem moral nenhuma. Parece que estamos num retrocesso. Mais um ano se entra, e a mortandade dos animais em mais um ramo continua.

Sabiam que vacinas também podem ser fabricadas a partir de cultura de células do próprio homem? pois é, mas os cientistas responsáveis não sabem.

Quando me refiro aos animais, independentemente da espécie, raça, cor ou sexo, parto do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo, e tudo mais que podemos sentir, mas apesar disso, seus corpos muitas vezes reagem de forma completamente diferente à drogas e doenças em humanos.

De cada 100, 92 tipos de drogas que passam por testes em animais falham durante a fase de ensaio clínico em humanos.

Todo artigo sobre vacina contra o zika que li até agora utiliza o método primitivo de testes pré-clínicos, os animais não são usados em benefício de saúde pública, os animais não são insubstituíveis, eles são torturados e mortos diariamente por cientistas e pesquisadores de merda que tem a cara de pau de dizer que os animais sacrificados todos os dias salvam vidas humanas e que é ético e necessário realizar experimentação animal, assim como devem ser um bando de carnistas conceituados.

                                       

A intenção de obtenção de resultados é inútil minha gente, os animais não sabem as respostas, são seres irracionais.

A única coisa que ganham utilizando seres inocentes em testes clínicos é o atraso de pesquisas pois o funcionamento em humanos nunca é o mesmo e são ineficientes e além de ser desperdício de dinheiro, meu cu que é justificável explorar, torturar e matar animais (em todos os meios existentes) já sabem que isso é  um atraso evolucionário científico.

Os animais saudáveis adoeceram, agonizaram e morreram pra salvar outras vidas, aonde tem sentido nisso?

Existem inúmeros métodos sofisticados e eficazes, incluindo testes-não-animal como processos de análise genômica e sistemas biológicos in vitro, que vêm sendo muito bem utilizado por pesquisadores brasileiros. Sem falar que culturas de tecidos, provenientes de biópsia, cordões umbilicais ou placentas descartadas, dispensam o uso de animais.
Aplicações de modelos matemáticos e computacionais avançados e estudos com voluntários humanos (entre outros) deram-nos tudo, desde os melhores medicamentos para VIH, isolamento do vírus da AIDS, desenvolvimento de drogas anti-depressivas e anti-psicóticas, assim como também salvando vítimas de queimaduras clonando pele humana.

Tentar curar doenças humanas, baseando-se em experiências com animais é extremamente ultrapassado e ineficaz, um grave desserviço às pessoas que precisam de cura, além de principalmente fazer animais serem torturados pela crueldade e primitividade humana.

                               
Quando um medicamento ou uma vacina chega ao mercado, os consumidores são quase a primeira cobaia de fato, independentemente da quantidade de testes conduzida previamente em animais. Somente os humanos podem exibir efeitos desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada.

Na farmacologia (no caso, o testes das vacinas), são injetadas drogas em ratos e camundongos, intravenosas, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato digestivo por catéter ou injeção). Os efeitos são visualizados e registrados.

Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos. Estudos clínicos, pesquisas in vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos. A ciência tem como base seres humanos. A experimentação animal não faz sentido.

                                             

As experimentações em animais são ilegais quando existirem recursos alternativos. Então toda essa vacina em processo de fase pré-clínica (utilizar animais) são ilegais. Os responsáveis sabem da quantidade de alternativas que podem recorrer, porém existe muita preguiça por busca de investimento ali.

                 
 “De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver realizado pesquisas em macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta da vacina para a pólio.”

“As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado”.

''Uma espécie que deseja ser salva por esses meios não merece ser salva'' Albert Einstein, sobre experimentação animal.



        Mais informações: http://www.pea.org.br/crueldade/testes/ 


Recomendo com muito carinho: The Physicians Committe for Responsible Medicie http://www.pcrm.org/about/about/about-pcrm. Compartilhe, ajude estes profissionais à mostrarem ao mundo a revolução da medicina, medicina que não tortura outras espécies, medicina avançada tecnologicamente, moralmente e eticamente, para nos ajudar no tratamento de doenças, desde as tranquilas até a mais graves sem o ato especista de torturar outras espécies, chega de egoísmo, temos de desmascarar essas indústrias assassinas e mostrar que já passou da hora de evoluirmos para termos um presente e um futuro melhor sem machucar ou prejudicar alguém, deixando o passado do massacre como um mundo de horror do qual não queremos continuar vivendo.

     


Samarco: o resultado da maior catástrofe ambiental do Brasil

Lamentavelmente já sabemos o final drástico que tudo se tomou depois do ato criminoso da mineradora Samarco. A decorrência do rompimento da barragem de Fundão, da mina Germano, deu o início a maior catástrofe ambiental que já presenciamos.

                                                             
o desastre ambiental causado pela empresa samarco 

A cidade de Mariana (MG) no dia 05/11/2015 foi tomada por uma onda de lama composta principalmente por óxido de ferro e sílica, o volume vazado desses materiais foi estimado em pelo menos 62 bilhões de litros rejeitados do beneficiamento do minério de ferro (quantidade que encheria 25 mil piscinas olímpicas).

A análise de toda a área atingida pelos rejeitos de minério da barragem mostra que pode chegar a mais de 400 o número de espécies impactadas (inclusive sob o risco de extinção). O risco de extinção das espécies de peixes do rio Doce foi de 100%.

de 64 a 80 espécies de peixes, 28 espécies de anfíbios, de 112 a 248 espécies de aves, 4 espécies de répteis, 35 espécies de mamíferos e 3 espécies de plantas ameaçadas.
                                                       

 A lama causou a destruição de três espécies de plantas ameaçadas da região que foi soterrada pela lama: o jacarandá-cabiúna, a braúna e o palmito. A lama soterrou 1.469 hectares de mata nativa, incluindo áreas de preservação permanente.

Uma das situações mais extremas é a das espécies de peixes. O rio Doce tinha onze espécies ameaçadas em extinção, incluindo quatro definidas como criticamente em perigo. Dessas, duas são endêmicas, só existiam no rio Doce, e portanto desapareceram.
                                                           
                                                       
rio Doce: antes de depois do desastre

Dias após o primeiro vazamento, a barragem de Fundão tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeito, 34 milhões foram lançadas no meio ambiente. Dos 16 milhões de metros cúbicos, caíram em três rios - Gualaxo do Norte, Carmo e Doce.  A lama percorreu 663 quilômetros de corpos hídricos, a maior parte do rio Doce, até chegar no oceano.

A restauração total do rio Doce, de sua fauna e flora é impossível. A perda do habitat é gigantesca. O dano provocado no ecossistema é irreversível. A lama ''cimentou'' o bioma e causou a extinção de animais e plantas que só existiam ali. A natureza local morreu soterrada.

                                             
 em busca de água limpa para matar a sede, uma anta morreu presa na lama da samarco

O grande montante de lama com rejeitos de minério de ferro e manganês bloqueou o curso natural dos rios. O novo caminho poderia ter levado, e levou os rios à extinção. Existiu a possibilidade de o rio perder a força e se dividir em lagoas. As lagoas também podem morrer. ''Além dos minérios de ferro, a lama trouxe consigo esgoto, pesticidas e até agrotóxicos das terras onde passou. Essas substâncias aceleram a produção de algas e bactérias, que rapidamente cobrirão as lagoas, formando um tapete verde que impede a fotossíntese dentro d'água. Se não há fotossíntese, não há oxigênio, sem oxigênio os animais, vegetais e bactérias não tem chance de sobreviver''.

No dia 22/11/2015 a onda de lama da mineradora Samarco chega ao mar, causando um impacto como ''dizimar o Pantanal'', tornando um desastre de proporção mundial.
                                                                 
                                                                 


                                                 
A lama tóxica despejada ao longo de 500 km da bacia do rio Doce atingiram cerca de 10 mil km² numa região conhecida como Giro de Vitória, importante celeiro de nutrientes para animais marinhos, como a tartaruga-de-couro (ameaçada em extinção), o golfinho pontoporia e as baleias jubartes.

                                                                   

A foz do rio Doce está localizada no distrito de regência, na cidade de Linhares, litoral norte do Espírito Santo.
A descarga tóxica contaminou três Unidades de Conservação marinhas, Comboios, Costa das Algas e Santa Cruz,  que juntas somam 200.000 hectares (2.000 km²) no oceano.
A área da Reserva Biológica de Comboios (uma área de proteção costeira usada para a desova de tartarugas-marinhas, com espécies criticamente em extinção virou um mar de lama barrenta que tudo matou e destruiu (criminosamente).

                                                       

Equipes do Tamar vinham retirando diariamente da praia de regência (distrito de Linhares-ES) os ovos colocados pelas tartarugas, numa média de 40 ninhos por noite. O local continua a ser monitorado para ver como as tartarugas reagem à presença da lama.

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade já recolheram peixes mortos na desembocadura do rio. Analisando os animais manualmente era possível ver claramente que suas guelras estavam impregnadas de lama. Mesmo com os níveis de oxigênio da água dentro do normal, esse entupimento das brânquias impediu os peixes de respirar e eles morreram asfixiados.
Além da mortandade dos peixes, um dos maiores problemas ao longo do prazo é a extinção do plâncton e outros pequenos organismos, que teve um efeito cascata sobre todo o ecossistema, impactando desde os herbívoros aquático até o animais carnívoros terrestres.
Essa foi a época de desova no Rio Doce, o que significa que, para cada peixe ovado que morreu, outras dezenas até centenas de peixes deixarão de nascer. E mesmo que nasçam, não haverá alimento,


O crime ambiental já havia sido iniciado há vários anos, com a atitude das empresas comandantes da Samarco de lançar detritos mineracionais em represas sem tratamento e purificação da água contaminada. A catástrofe propriamente dita estava prenunciada pelo menos desde 2013, quando foi constatado em um estudo que as barragens estavam sob risco de rompimento. E nada foi feito, tendo a criminosa mistura de poluição ambiental com negligência de segurança culminado no desastre.

Engano: A empresa Samarco responsável pela tragédia em Bento Rodrigues não cumpriu com suas obrigações em prol aos animais vítimas de sua estupidez e negligência

Samarco tinha fechado um acordo para salvar animais vítimas de barragem, o que de fato não faziam mais que sua obrigação. Apresentaram e se comprometeram de executar um plano de resgate e cuidado dos animais atingidos pela onda de lama que vazou da barragem de Fundão, em Mariana, no dia 5 de novembro.
O documento foi assinado e foi dado um prazo para que a mineradora, controlada pela Vale e a anglo-australiana BHP Billiton apresenta-se a cópia do plano e executá-se-lo. O plano valeu apenas para os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu (em Mariana) e Gesteira (em Barra Longa). Em caso do descumprimento, esteve previsto a multa diária de 10 mil. A empresa (mais que sua obrigação) ajudou minimamente no resgate e nos cuidados aos animais, que ficaram instalados em um galpão e em fazendas e são assistidos por voluntários.

                                                   
O documento assinado pela Samarco não valeu em nada, foi divulgada a informação (dia 18/12/2015) de que o CTP prevê as medidas. A mineradora teve 15 dias para apresentar aos promotores de Justiça do Meio Ambiente uma cópia do plano destinado a assistir os animais (além de tudo foram somente os que tinham seus respectivos tutores) afetados pelo desastre.
Triste também é uma pessoa associada a uma ong e parte do FNDPA dizer que a situação era caótica porque ''não é só cachorro e gato'' pois: ''Os porcos, vacas, cavalos, bois e galinhas resgatados foram salvos apenas como uma ''subsistência'' pra algumas famílias, que tinham perdido tudo e ''aquilo'' (os animais) eram no momento a única forma de ''recurso'' é extremamente ridículo, e o bem estar dos animais, e a empatia por eles? amar e querer salvar e proteger animais é muito além de cães e gatos, num momento como aquele, que cavalos, bois e vacas foram solidificados vivos (em pastos) graças ao carnismo, não basta esses animais já serem explorados por essas famílias todos os dias, aí quando chega o momento de um salvamento, voluntários digam coisas como essas, lamentável.

A Samarco teve de providenciar uma equipe técnica qualificada para realizar ações de busca, resgate e cuidados dos animais; dispor de equipamentos, maquinários, veículos e suprimentos destinados a essa operação de salvamento e apresentar diagnóstico das áreas atingidas tendo em vista a localização, a identificação e a quantificação de animais.

No dia 23 de novembro de 2015 a ativista Luisa Mell acusou Samarco de não pagar frete de doações para animais vítimas da tragédia. Não foi honrada a promessa de pagar frete de um dos caminhões de doações arrecadados pelo Instituto Luisa Mell. Foi preciso arrecadação de verba para que chegassem ao seu destino.

                                                     


Se a Samarco não está nem aí pra multas diárias milionárias, imagina pra uma que vale 10 mil?

A Samarco terá que construir santuário para animais recolhidos no Rio Doce
                                         
                                                      

Não sei, mas não consigo acreditar nisso. A responsável pela construção será a Samarco Mineração S.A que se comprometeu a executar a ação que dará espaço para centenas de animais como cavalos, boi, burros, cães e gatos.
No dia 18 de fevereiro de 2016 a mineradora e os parceiros (de catástrofe) à frente da assistência aos animais resgatados em Mariana e Barra Longa, em Minas Gerais, se reuniram para discutirem quanto ao futuro de aproximadamente 182 animais de pequeno porte e 172 animais de grande porte.
A empresa garante que dentre as demais ações estão a adequação de duas estruturas para atendimento e acomodação dos animais além de melhorias como a instalação de hospital veterinário, farmácia, e maternidade. A mineradora frisa que os animais como cavalos, burros, bois, porcos, patos gansos e galinhas foram levados para a Fazenda Bom Retiro, no Rio de Janeiro.
Segundo esta mineradora desastrosa e gananciosa, futuramente os animais que não forem adotados ou que não tiverem seus tutores identificados serão levados até um santuário que será montado pela mineradora em local que ainda será definido, como a empresa destaca. Ainda de acordo com a empresa, todas as medidas tomadas pela mineradora estão previstas no Termo de Compromisso Preliminar (TCP), firmado com o grupo Especial de Defesa da Fauna do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia 18 de dezembro de 2015.

Barragem da Samarco em Mariana (MG) sofre novo deslizamento

O novo deslizamento de lama no dia 27/01/2016 é mais grave do que a empresa admite, diz procurador. A mineradora não tem condições de garantir a segurança animal, ambiental e da população.
Depois de 83 dias, rejeitos de minérios de ferro da barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro do ano passado, se deslocaram em 27 de janeiro, dentro da área da Samarco em Mariana. Conforme os dados da comissão, cerca de 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro teriam deslizado na quarta-feira (27 de janeiro).
O plano de ações emergenciais apresentado pela mineradora Samarco em janeiro deste ano foi rejeitado por ser considerado ''genérico'' e por ''minimizar todos os impactos ambientais da ruptura da barragem'' de Fundão, que voltou a ter vazamento de rejeitos. As ações tem pouco embasamento metodológico e científico. Além disso, a empresa não estimou prazos para cumpri-las, o que impossibilitaria o acompanhamento das metas, disse a presidente do Ibama (bela bosta também) Marilene Ramos.
O órgão critica, por exemplo, o fato de a Samarco não citar quais espécies de fauna e flora, quais estão em risco de extinção e quantas têm distribuição restrita nos locais atingidos. ''Em relação aos impactos sobre os organismos aquáticos, verifica-se a tendência a subestimar o problema, inclusive se omitindo completamente em relação ao volume e a diversidade de peixes encontrados mortos ao longo da bacia do rio Doce'', declarou.

A empresa tem dificuldade financeira mas tem a cara de pau e a grana pra pagar R$3 milhões pra Globo passar um comercial durante horário nobre

A empresa tentou melhorar sua imagem para a sociedade por meio de uma peça publicitária milionária de 1 minuto de duração. A empresa tentou sensibilizar as pessoas utilizando funcionários da mineradora pra de uma forma ''humanizada'', mostrar o ''outro lado'' da companhia e os supostos esforços realizados pela empresa: ''A gente abriu os braços e falou: estamos aqui''. Apelação e puro descaramento. Mais de 100 dias depois da tragédia, multa nenhuma foi paga, ninguém foi  preso. Será que a empresa não poupou esforços mesmos para reparar os danos causados? puro nível baixo.

Samarco e Jornal Nacional de cu é rola.


A mineradora recebeu a maior multa já aplicada pelo Ibama, foram ao menos R$250 milhões (dinheiro que seria usado para reparos ambientais) pelo rompimento de duas barragens em Mariana. 

O valor é a soma de cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada. Esta multa abrange infrações por poluir rios, provocar a morte de animais e a perda da biodiversidade ao longo do rio Doce, causar interrupções do abastecimento público de água, lançar resíduos em desacordo com as exigências legais, tornar áreas urbanas impróprias para a ocupação humana e colocar saúdes em risco.
Mas mesmo sendo uma punição histórica, a multa aplicada pelo Ibama à Samarco nem foi paga, uma vez que ainda cabem recursos e existem brechas nessa lei bosta que favoreceram a mineradora. O valor da multa (muito pouco) muito abaixo dos danos causados -- estimado em R$ 20 BILHÕES --, também não estimula que ações para evitar tragédias como essa sejam tomadas.

Em novembro de 2015, o governo federal e os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo afirmaram que entrarão na justiça contra a mineradora Samarco para garantir recursos para um plano de recuperação. A ação, estimada em R$ 20 bilhões, também terá como alvo a Vale e a BHP Billinton, empresas controladoras da Samarco. A medida não é legalmente vista como multa, mas entrará na lista de contas punitivas já recebidas pela empresa. 

Entre alguns exemplo, o dinheiro seria arrecadado para criar um fundo de recursos para conter a expansão dos impactos da enxurrada de lama que avançou pelo rio Doce e atingiu o mar do Espírito Santo e executar projetos de revitalização da bacia do rio.

A Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais anunciou que multou a empresa em mais de R$ 112 milhões pelos danos ambientais resultantes dos rompimentos. 

A Comissão Representativa da Assembleia Legislativa do Espírito Santo chegou a apresentar uma denúncia ao Ministério Público Estadual pedindo uma multa de R$ 7 milhões pelo não-cumprimento de sete determinações previstas no Termo de Compromisso assinado pela mineradora.


MP firmou acordo com Samarco para pagamento de uma caução socioambiental no valor de R$ 1 bilhão, o dinheiro seria usado para começar reparar dano causado por barragens de Mariana. A primeira parcela de R$ 500 milhões era pra ser paga a 2 meses atrás.

R$ 300 milhões foram bloqueados da Samarco pela justiça, mas continuam tendo dinheiro R$ 3 milhões por um comercial de 1 minuto.

Vale tenta livrar Samarco de multa de 2 bilhões, e conseguiu.
Os advogados da empresa argumentaram que a Samarco, de propriedade da mineradora brasileira e da multinacional BHP, não possui condições financeiras para arcar com as determinações de uma liminar em posse da União e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Nenhuma multa foi paga.

Novamente, mas R$ 3,3 milhões pra pagar por um comercial de TV com 1 minuto de duração tem.


Em janeiro deste ano a polícia federal indiciou o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi de Aragão, e mais seis ''profissionais'' por crimes ambientais.
Além deles, a mineradora e as empresas Vale, que controla a Samarco juntamente com a anglo-australiana BHP e Vogbr, consultoria responsável pela auditagem das barragens, foram indiciadas.

A pena varia de seis meses a um ano de prisão  mais multa. Ninguém foi preso.

Isto quer dizer que nada foi feito ainda, somente especulações, multas não pagas, promessas e mais promessas e vidas que nunca mais voltarão. Para os responsáveis, as ''reais causas do acidente'' ainda não foram tecnicamente atestadas e são, portanto, ''desconhecidas''. São ''suposições'', 'não têm efetivo nexo de causalidade'.

O prejuízo ambiental deste crime pode demorar 100 anos para ser revertido, mas não trará de volta a vida dos animais vítimas do desastre, não trará de volta todo o ecossistema aquático e marginal (animais, plantas e algas) do rio de volta, mais uma vez vítimas da ganância humana. A ganância pelo lucro de grandes empresas e dos governos tem a nos dar: lama, destruição, morte, desonra e injustiça.

Créditos: http://consciencia.blog.br/2015/11/crime-ambiental-das-barragens-de-marianamg-como-sintoma-de-uma-ordem-politica-economica-predatoria-sem-futuro.html#.VtIl_X0rLIX
 http://www.bbc.com/ http://www.anda.jor.br/ http://g1.globo.com/ http://www.ibama.gov.br/ http://noticias.uol.com.br/ http://www.brasilpost.com.br/ http://www.gazetadopovo.com.br/ http://www.esquerdadiario.com.br/ http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br/
                                                             

Friday, February 12, 2016

A teoria centenária de Einstein finalmente foi comprovada

                                                       

Em 1916, Einstein previu a existência de ondas gravitacionais como parte de sua Teoria Geral da Relatividade, que segundo ela, há objetos que transformam parte da sua massa em energia e a emite em forma de ondas, que viajam à velocidade da luz e deformam o espaço e o tempo à sua passagem.
Essa teoria é um pilar da física moderna que transformou nosso entendimento do espaço, do tempo e da gravidade. E por meio delas entendemos muitas coisas: da expansão do Universo até o movimento dos planetas e a existência dos buracos negros.

Albert Einstein previu a existência de ondas gravitacionais - as de que os grandes choques e as grandes explosões do Universo as cria-se e produze sons. Sem a ajuda de instrumentos sofisticados. O Gênio.

Ele descobriu que as equações linearizadas de campo fraco tinha soluções de onda: ondas transversais de tensão espacial que viajam á velocidade da luz, gerado por variações de tempo do momento da fonte de quadrupolo de massas. Einstein compreendeu que amplitudes de ondas gravitacionais seriam extremamente pequenas.

As ondas gravitacionais são produzidas por massas em movimento, e, como ondas eletromagnéticas, elas viajam à velocidade da luz. Como elas viajam, as ondas esmagam e esticam o espaço-tempo no plano perpendicular à sua direção de propagação.
Basicamente são feixes de energia que distorcem o tecido do espaço-tempo, o conjunto de quatro dimensões formado por tempo e espaço tridimensional.
Assim, qualquer massa em movimento produz ondulações nesse tecido tempo-espaço. Até nós mesmos.

E Einstein previu que o nosso Universo estava inundado por essas ondas. Esse efeito, no entanto, é muito fraco, e apenas grandes massas, movendo-se sob fortes acelerações, podem produzir essas ondulações em grau razoável. Assim, quanto maior a massa, maior é o movimento e maior são as ondas. Nessa categoria entram explosões de estrelas mortas super-densas e a junção de buracos negros. Todos esses eventos devem radiar energia gravitacional na velocidade da luz.

As experiências para detectar ondas gravitacionais começaram com Weber e seus detectores de massa ressonante na década de 60, seguida por uma rede internacional de detectores de ressonância criogênica. Detectores de interferometria foram surgir pela primeira vez no início dos anos 60 e 70.

Detectá-las, no entanto, é extremamente difícil, porque elas induzem distorções muito pequenas: mesmo as ondas gravitacionais mais fortes de eventos astrofísicos são esperados para apenas produzir variações de comprimento relativas de ordem.

Uma descoberta histórica que abre uma nova era de compreensão do cosmo, a observação de ondas gravitacionais de uma fusão de um binário buraco negro


No início de 2000, um conjunto iniciais de detectores de ondas gravitacionais foi completado, incluindo Tama 300 no Japão, 600 GEO na Alemanha, Virgo na Itália e LIGO nos Estados Unidos. Combinações destes detectores fizeram observações conjuntas de 2002 a 2011, a fixação de limites máximos para a variedade de fontes de ondas gravitacionais, enquanto evoluindo para uma rede global.

Em 2015, Advanced LIGO patrocinado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA, tornou-se em primeiro lugar a significativamente mais sensível rede de detectores avançados para iniciar observações, em 14 de setembro, dentro dos dois primeiros dias de operação do Avançado LIGO, os pesquisadores detectaram um sinal tão forte que podia ser visto a olho nu. A parte mais intensa do sinal durou durante cerca de  0,2 s e não foi observada em ambos detectores, com um índice combinado do sinal de ruído para 24.
Adequadamente, este primeiro sinal de onda gravitacional, apelidado GW150914, chegou menos de dois meses antes do centenário aniversário da publicação da teoria geral da relatividade de Einstein.

Foi estabelecido o curso para uma nova era de astrofísica observacional. Uma oportunidade dada ao ser humano para entender o Universo e ate mesmo a própria presença.
     
C.Henze / NASA Ames Research Center
As simulações numéricas das ondas gravitacionais emitidas pelo inspiral e fusão de dois buracos negros. Os contornos coloridos em torno de cada buraco negro representam a amplitude da radiação gravitacional; as linhas azuis representam as órbitas dos buracos negros e as setas verdes representam seus spins.
 Um século depois das previsões de Einstein e Schwarzschild, foi relatado a primeira detecção direta de ondas gravitacionais e a primeira observação direta de uma fusão de um sistema de buraco negro binário para formar um único buraco negro.

Durante décadas os cientistas esperavam ''ouvir'' em eventos astrofísicos violentos a detecção de emissão de ondas gravitacionais.
As ondas, que podem ser descritas como oscilantes distorções na geometria do espaço-tempo, foram pela primeira vez previstas por Einstein há 100 anos atrás, mas elas nunca foram observadas diretamente. Agora, em um papel extraordinário, os cientistas relatam que eles tenham detectado as ondas no LIGO (Observatório da Interferometria a Laser a Laser de Ondas Gravitacionais) a partir de uma análise do sinal, pesquisadores do LIGO no EUA e seus colaboradores Interferômetro Virgo na Itália, inferir que as ondas gravitacionais foram produzidas pelo inspiral e fusão de dois buracos negros (primeira figura) cada um com uma massa que é mais de 25 vezes maior do que a do nosso Sol.
A descoberta fornece a primeira evidência observacional de que os sistemas binários de buracos negros podem se formar e se fundem no Universo.

A LIGO anunciou ontem (11/02/2016) que seus cientistas captaram as ondas produzidas por uma colisão gigantesca (conseguiram 'ouvir') de dois buracos negros, o choque aconteceu há 1,3 bilhão de anos. Os pesquisadores também disseram que na época cerca de três vezes a massa do Sol foi convertida em energia, tudo isso em uma  fração de segundo. Um processo perfeitamente descrito na equação mais famosa do mundo: E=mc²(energia é igual a massa vezes velocidade da luz ao quadrado).
 A primeira detecção que confirma a Teoria de Einstein. Os primeiros sons de buracos negros.
As ondas gravitacionais são um sinal que vem desses objetos e carrega informações sobre eles.
Nesse sentido, pode-se até dizer que a recente descoberta significa a primeira detecção direta dos buracos negros.
O anúncio ocorreu em uma entrevista coletiva em Washington transmitida via Stream, o relatório da descoberta, escrito por mais de 1000 autores, incluindo cientistas europeus, foi publicado pela Physical Review Letters, segundo nota em Caltech, uma das instituições que operam o laboratório.

De acordo com as informações dada aos jornalistas, estas ondas gravitacionais (com 50 vezes mais energia que todas as estrelas do Universo) fizeram vibrar as antenas do LIGO montadas em Washington e Louisiana.

 Eis a gravação que a LIGO fez do som produzido pelos dois buracos negros a colidirem: https://soundcloud.com/tashrb/ligo-sound-1135136350-dur-5-hp-20-lp-400-su-1p0-fs-400

Kip Throne (um dos cientistas mais envolvidos) conta ao The New York Times que até agora o tecido espaço-tempo ''nunca tinha sido visto em pertubação'': seria o mesmo que nenhum de nós ter visto o mar revolto ou num dia de tempestade. Quando os dois buracos negros colidiram, o ''fluxo de tempo acelerou, depois abrandou e depois voltou a acelerar''.

Nas palavras de Alicia Sintes, física da Universidade das Ilhas Baleares (UIB) e líder do único grupo espanhol envolvido na descoberta, nossos ouvidos agora começaram a escutar ''a sinfonia do universo''. ''É uma descoberta histórica, que abre uma nova era na compreensão dos cosmos'', ressaltou.
Sua equipe realizou simulações super-computadorizadas que reproduzem, segundo a Lei da Relatividade, todos os fenômenos que essas ondas poderiam produzir: duplas de estrelas de nêutrons, supernovas, buracos negros... Essas simulações foram comparadas com a frequência do sinal real captado no LIGO, e assim foi possível saber o que exatamente aconteceu, qual é a fonte das ondas, a que distância se encontra etc.

''Avançada LIGO'', como a versão recentemente atualizada do experimento é chamado, é constituído por dois detectores, um em Hanford, Washington, e uma em Livingstonl Louisiana. Cada detector é um interferômetro de Michelson, que consiste em duas cavidades ópticas de 4 km de comprimento, ou ''braços'', que são dispostas  em forma de L. Nele, um feixe de laser é gerado e dividido em dois - uma metade é disparada em um túnel, e a outra pela segunda passagem. Espelhos ao final dos dois túneis rebatem os feixes pra lá e para cá muitas vezes, antes que se recombinem. Se uma onda passa pelo túnel, ela vai distorcer levemente seu entorno, mudando a longitude dos túneis em uma quantidade diminuta (apenas uma fração de largura de um átomo).

E a forma com que as ondas se movem pelo espaço significa que um túnel se estira e outro se encolhe, o que fará com que um raio laser viaje uma distância levemente maior, enquanto o outro fará uma viagem mais curta. Como resultado, os raios divididos se recombinam de uma maneira diferente: as ondas de luz interferem entre si, em vez de cancelarem. Essa observação direta abre uma nova janela para os cosmos, uma janela que não seria possível sem Einstein.

Os objetos que produzem ondas gravitacionais estão a milhões de anos-luz, tão longe da Terra que chegam aqui como ínfimas ondulações do espaço e do tempo.

A sensibilidade de LIGO é excepcional: ele pode detectar diferenças de comprimento entre os ''braços'' que são menores do que o tamanho de um núcleo atômico. O maior desafio para o LIGO é o detector de ruído, principalmente a partir de ondas sísmicas, o movimento térmico e  barulho de disparo de fótons. Essas pertubações podem facilmente mascarar o pequeno sinal esperado a partir das ondas gravitacionais. A atualização, concluída em 2015, têm aumentado a sensibilidade do detector de fontes mais distantes e foram cruciais para a descoberta das ondas gravitacionais.

Em física, vivemos e respiramos por descobertas, como o relatado pelo LIGO, mas o melhor ainda está por vir. Como Kip Throne disse recentemente em uma entrevista à BBC, a gravação de uma onda gravitacional, pela primeira vez nunca foi o principal objetivo da LIGO. A motivação foi sempre abrir ama nova janela para o Universo.

Os objetos emitem pertubações que acabaram de ser detectadas, mas a partir de agora os físicos poderão olhar os objetos com as ondas eletromagnéticas e escutá-los com as ondas gravitacionais. A próxima rede de detectores baseados na terra, como a Advanced Virgo, KAGRA no Japão, e, possivelmente um terceiro detector LIGO na Índia, vai ajudar os cientistas a determinar os locais de fontes no céu. Isso nos diz para onde apontar os telescópios ''tradicionais'' que recolhem a radiação eletromagnética ou neutrinos. Combinado instrumentos de observação, desta forma seria a base para um novo campo de pesquisa, por vezes referido como ''multimessenger astronomy''.

Em breve também irá recolher os primeiros resultados do LISA Pathfinder, um experimento de nave espacial que serve como um teste para eLISA, um interferômetro espacial. eLISA nos-permite um entendimento mais profundo para os cosmos do que detectores terrestres, permitindo estudos da formação de mais buracos negros maciços e investigações do comportamento do forte campo de gravidade em distancias cosmológicas. Com o resultado de Advanced Ligo, estamos entrando na aurora da era da astronomia de ondas gravitacionais: com esta nova ferramenta, é como se nós fossemos capazes de ouvir, quando só podíamos ver.

É muito significativo que o primeiro ''som'' da fusão de dois buracos negros foi captado pela Advanced LIGO. Estes objetos que não podemos ver com a radiação eletromagnética. As implicações da astronomia de ondas gravitacionais de astrofísica, em um futuro próximo são deslumbrantes. Múltiplas detecções nos permitirá estudar a frequência com que os buracos negros se fundem no cosmos e testar modelos astrofísicos que descrevem a formação de sistemas binários. A este respeito, é encorajador notar que LIGO pode já ter detectado um segundo evento; uma análise muito preliminar que sugere se este evento prova ter uma origem astrofísica, então é provável que seja também um buraco negro de um sistema binário.

A detecção de sinais fortes também irá permitir que os físicos possam testar o chamado teorema da calvície, que diz que estrutura e dinâmica de um buraco negro depende apenas da sua massa e da rotação.

Observando as ondas gravitacionais de buracos negros também poderá nos dizer sobre a natureza da gravidade. A gravidade realmente comporta como o esperado por Einstein na vizinhança dos buracos negros, onde os campos são muito fortes? Pode a energia escura e a aceleração do Universo ser explicado pela modificação de gravidade de Einstein? Estamos apenas começando a responder a estas questões.

Fontes:  http://ep00.epimg.nethttp://journals.aps.org/prlhttp://www.bbc.com/portuguesehttp://physics.aps.orghttp://gizmodo.comwww.ligo.caltech.edu e  http://journals.aps.org/prl

cosmic noise

Ouvimos sons de explosões no espaço em filmes de ficção científica e sabemos que os astronautas se comunicam com a Terra por meio de rádios portáteis, mas se o som não se propaga no vácuo, como isto é possível?

Teoricamente, o vácuo é a total ausência de matéria visível ou invisível em determinada região.

Mas o que agora não falta são cientistas tentando driblar limitações, usando os maiores amplificadores da história em busca dos sons do Universo. E eles têm um ótimo motivo para isso: o barulho cósmico emite ondas eletromagnéticas dando informações, que são capazes de ajuda-los a desvendar acontecimentos e os corpos mais misteriosos que existem, o Big Bang e os buracos negros. E, se tudo ocorrer como o desejado, os sons do silêncio poderão trazer algo bem maior: provar que existem outros Universos além do nosso.

Vários cosmólogos defendem a ideia de que o começo de tudo não foi o Big Bang, mas que havia algo antes - talvez um outro Universo que tenha dado origem ao nosso, talvez o colapso de um buraco negro em outro Cosmos, que tenha produzido nosso Big Bang... Esta é a teoria cada vez mais aceita do Multiverso - a noção de que habitamos apenas um entre muitos Universos. Uma das possibilidades é detectarmos ondas gravitacionais vindas desses outros Cosmos, ondas que atravessariam as ''paredes'' do nosso Universo, revelando toda uma nova fauna cósmica além dos limites de tempo e espaço do velho Big Bang. Seria uma forma um tanto bizarra de descobrir que não estamos sozinhos... Bom, haja o que houver lá fora, nossos ouvidos estarão atentos.
Contudo, os aparelhos estão sendo sintonizados e preparados para fazer grandes descobertas. Conforme a capacidade de detectar as ondas aumente, será possível até mesmo ambicionar a solução para o maior de todos os mistérios: o que teria acontecido antes do Big Bang.

Cientistas dizem que o Universo está cheio de (sons) e os convertem para a nossa audição. Dada a informação retirada de espectros eletromagnéticos, converte-se esses valores para sons audíveis e conseguimos, por exemplo, ouvir as trovoadas de Júpiter e o som do satélite natural de Saturno (Miranda).

As ondas de rádio assim com a luz não são ondas materiais, mas sim eletromagnéticas. O que as difere das demais, é a capacidade de se propagar no vácuo. Por exemplo, os rádios portáteis dos astronautas ficam dentro dos trajes espaciais, que possuem o ar, que fornece um meio para que o som se propague, assim como se você estivesse no espaço e se chocasse contra qualquer objeto, iria ouvir o som do impacto, porque haveria um meio pelo qual o som pude-se se propagar e ele chegaria aos seus ouvidos. Porém uma pessoa que o observasse não ouviria nada.
 Então, as ondas eletromagnéticas são transformadas em som e captadas pelos ouvidos dos astronautas. O mesmo acontece dentro das naves espaciais, onde o ambiente fornece as condições necessárias para que as mensagens possam ser ouvidas e recebidas.

 O som se propaga através de ondas mecânicas, que são pertubações que se movem e carregam a energia de um lugar para o outro através de um meio. A velocidade do som depende do meio na qual a onda se propaga, e quanto mais denso mais lenta a propagação.

O som é uma onda mecânica longitudinal. Quer dizer que o som se propaga através da compreensão e distensão de um meio de propagação ( o ar no caso da fala, embora possa ser igualmente transmitido por líquidos e sólidos). Como onda mecênica que é, requer um meio de propagação - precisa de partículas entre as quais a energia da onda possa ser transmitida. Isto significa que no espaço, onde o meio é extremamente rarefeito ( existem menos de um átomo por metro cúbico e volume), não existe maneira de a energia se transmitir entre partículas.
Não pode haver vibração e o som não se transmite. É por isso que não ouvimos som no espaço.

Com a divulgação de informações do início do Universo, em março de 2013 pelo telescópio espacial Planck, o professor de física John Cramer da Universidade de Washington, recriou em março de 2013 por meio do telescópio espacial Planck, o que seria o som do Big Bang, que ocorreu há 13,8 bilhões de anos. Por meio de cálculos matemáticos, Cramer produziu um som com altas frequências - o que só foi possível com os dados coletados do Planck, (o efeito é semelhante ao que os sismólogos descrevem como um terremoto de magnitude 9, que faria com que todo o planeta ressonasse. neste caso no entanto, o som se espalharia por todo o Universo).
''O espaço tempo produziria som quando o Universo era suficientemente pequeno'' diz Cramer. Em 2001, com muito menos dados, ele escreveu uma coluna descrevendo como seria o som do Big Bang baseado em dados de ondas de radiação cósmica.

Foi usado um programa de computador para converter os dados em sons do Universo 380 mil anos após o Big Bang. O som era tão baixo que Cramer teve que aumentar a frequência em 100 septilhões de vezes. As frequências de som utilizadas na simulação deve ser dimensionado para cima por um grande fator de (cerca de 10 a 26 de energia) para coincidir com a resposta do ouvido humano, porque as frequências reais são um golpe grande, que tinham comprimentos de onda na ordem de uma fração do tamanho do Universo, eram baixas demais para ser ouvidos por seres humanos.
O som da simulação do Big Bang inclui o espectro de frequência de pico multiplicado medido pelo Planck, é feito em uma única onda de som (mono, não estéreo). De acordo com a análise de Planck, o perfil de emissão da radiação cósmica de fundo atingiu um pico de 379.000 anos e caiu de intensidade de 60% a 110.000 anos antes e após o tempo de emissão de pico.

John Cramer interpretou os últimos dados do telescópio Planck sobre o Big Bang para recriar o som do nascimento do nosso Universo no momento em que este tinha apenas 760.000 anos de idade.

Com  o telescópio Planck, da ESA, o grupo de cientistas descobriu que o Big Bang ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos, ou 100 milhões de anos antes do que se pensava. Planck possui detectores tão sensíveis que podem distinguir variações de temperatura em alguns milionésimos de um grau na radiação cósmica. Como o Universo esfriou e expandiu, ele estendeu os comprimentos de onda para criar algo que se parecia com o som de um 'baixo' (isto é muito importante!!!), disse Cramer. O som fica baixo com os comprimentos de onda esticados. Num primeiro momento, o som fica mais alto, mas depois desapareceria gradativamente.
                                                                                      Fontes: http://faculty.washington.edupequenoastronomo.blogspot.com.brteoriadobigbang.wordpress.com e http://astronomia.galactica.pt/
                                                                                                     

Wednesday, February 10, 2016

Teria sido encontrado o Planeta X no nosso Sistema Solar?



O cobiçado Planeta Nove realmente existe? Cientistas do Caltech dizem terem encontrado evidências sólidas de um nono planeta no sistema solar
                                             
Konstantin Batygin e Mike Brown (o @AssassinoDePlutão) dizem terem encontrado evidências de um planeta gigante (tem cerca de 10 vezes a massa da Terra) com uma atmosfera de hidrogênio e hélio, traçando uma órbita muito bizarra e alongada além de Netuno (que orbita o Sol a uma distância média de 4,48 bilhões de quilômetros, e é considerado o mais longínquo do Sistema Solar) a cerca de 200 UA (uma Unidade Astronômica equivale a distância média entre o Sol e a Terra). Este novo planeta levaria entre 10.000 e 20.000 anos terrestres para fazer apenas uma translação à nossa estrela. Em 2013, dois cientistas perceberam que 13 dos objetos mais distantes do Cinturão de Kuiper tinham um padrão semelhante em relação à sua órbita: em todos parecia haver influência de um corpo mais distante, que os cientistas acreditaram ser um ''pequeno planeta'', como escreveram no relatório da investigação. Brown apresentou o trabalho a Batygin e os dois começaram a investigar.

 Batygin e Brown acabaram por entender que, dos 13 objetos considerados, seis tinham órbitas elípticas que ''apontavam para a mesma direção no espaço físico'': ''É como ter seis ponteiros num relógio todos a moverem-se a velocidades diferentes e quando se olha para eles estão todos no mesmo sítio'', diz Brown bum comunicado pela Caltech.

Os pesquisadores se depararam com as primeiras pistas deste corpo celeste, diretamente falando, ''Planeta X'' em 2014 e a previsão foi possível através de uma série de cálculos matemáticos e simulação computacional pelos dois cientistas. Planeta Nove ainda não foi visto diretamente, então não é possível ter certeza plena de sua existência, mas teoricamente acreditam que ele está lá por conta da turbulência observada. Segundo os cientistas, a probabilidade de que a configuração seja apenas mero acaso, e não um nono planeta é de apenas 0,007% ou seja, quase ínfima. Eles acreditam que em até 5 anos será possível observar o Planeta X de fato, através de telescópios.

''Só dois planetas foram descobertos desde os tempos antigos. Este seria o terceiro'', disse Brown, em comunicado da Caltech. ''É uma porção significativa de nosso Sistema Solar que ainda precisa ser descoberta. É muito empolgante.''

Brown observa que o o nono planeta tem 5 mil vezes a massa de Plutão, e por isso, seria suficientemente grande para que sua classificação como planeta seja indiscutível. Ao contrário da classe de objetos menores agora conhecida como planetas anões, o Planeta Nove gravitacionalmente domina sua vizinhança do Sistema Solar. Na verdade ele domina uma região maior do que qualquer dos outros planetas conhecidos, um fato que Brown diz que o torna ''o mais planeta-y dos planetas em todo o Sistema Solar.''
Batygin e Brown descreveram seu trabalho na edição atual do Astronomical Journal e mostraram como o Planeta Nove ajuda a explicar uma série de fenômenos misteriosos que ocorrem com um conjunto de objetos congelados e destroços localizados além de Netuno, conhecidos como Cinturão de Kuiper.

Os cientistas tem especulado há décadas que poderia haver um planeta a mais em nosso Sistema Solar, e que alguma colisão o teria ejetado para bem longe, a cerca de 4 bilhões de anos atrás.

Cientistas acreditam há tempos que o SS começou com quatro núcleos planetários que captaram todo os gases da chamada ''nuvem primordial'' que havia em torno deles e, assim, formaram os quatro planetas gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Ao longo do tempo, colisões e emissões os moldaram e os levaram até a posição em que eles se encontram hoje. ''Mas não há por que não pensarmos que houve cinco núcleos em vez de quatro'', diz Brown. Essa colisão gigantesca pode ter sido com Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar.
Em 1846 o matemático francês Urbain Le Verrier previu a existência de um planeta gigante por conta de efeitos gravitacionais na órbita de Urano. Astrônomos do Observatório de Berlim encontraram o novo planeta: Netuno, exatamente na região prevista através de cálculos matemáticos.

''A princípio, estávamos céticos de que este planeta poderia existir, mas continuamos a investigar sua órbita e o que isso significaria para a periferia do Sistema Solar e ficamos cada vez mais convencidos de que ele existe.''disse Batygin, coautor do estudo.
''Pela primeira vez em mais de 150 anos, há evidências sólidas de que o censo planetário do Sistema Solar está incompleto.''
Brown, bem mais conhecido pelo papel significativo que desempenhou na demolição de Plutão como um planeta a um planeta-anão acrescenta: ''Todas aquelas pessoas que são loucas pelo fato de que Plutão não é mais um planeta podem ficar felizes em saber que existe um planeta real lá fora ainda a ser encontrado.'' diz ele. ''Agora podemos ir e encontrar este planeta e tornar o Sistema Solar a ter nove planetas novamente.''
                                                                              Créditos: http://iopscience.iop.orghttp://www.caltech.edu e http://www.galeriadometeorito.com





A Carne In Vitro Não É Vegan: Carne de laboratório e suas interrogações


Um dos primeiros cientistas responsáveis pela criação de carne artificial é o pesquisador especialista em engenharia de tecidos Grabor Forgacs, que trabalha com desenvolvimento de tecidos e órgãos para transplante a partir do cultivo de células e então garantiu que poderia usar técnicas similares para criar carne de laboratório e um couro de laboratório, durante uma conferência em 2011.
Depois de 5 anos de estudos e trabalhando na ideia de cultivar carne em laboratório, o professor holandês Mark Post com a ajuda de sua equipe de engenheiros de tecidos celulares na Universidade de Maastricht, anunciou em outubro de 2012 o objetivo de fazer o primeiro hambúrguer cultivado (vitro) pela primeira vez na história, cerca de R$ 750 mil foram investidos pelo co-fundador do Google Sergey Brin.

                                         
Em agosto de 2013, Mark Post apresentou ao mundo por meio de uma conferência de imprensa o primeiro hambúrguer sintetizado cultivado em laboratório, onde teve uma degustação publica e compartilhada com dois críticos alimentícios. Os ''especialistas'' acharam que faltou sabor e gordura, porém Post afirmou que o intuito principal era mostrar que aquilo poderia ser feito, o segundo era a textura, com o passar do tempo, do investimento e da dedicação o sabor poderia ser melhorado depois.

Em laboratório, a produção da carne in vitro consome menos energia, emiti menos CO2 e menos metano, em comparação com os dados atuais de que a criação e o massacre de seres inocentes para a futilidade humana já é responsável pela emissão de 18% dos gases poluentes no mundo, degradação de terreno (desmatamento por exemplo), consome 27% da água que usamos e ocupa 33% das terras aráveis do planeta.
Post explicou que uma única célula (base da carne in vitro) consegue gerar um milhão de outras células, sendo assim a carne seria multiplicada e disponibilizada em um milhão de vezes, no futuro uma célula poderá gerar 20 mil toneladas de carne que seria responsável pela produção de 175 milhões de hambúrgueres. (por exemplo, o assassinato de mais de 440 mil vacas por esse massacre que se auto-intitula industria da carne animal).
Bem, é evidente que o número de animais afetados seria absurdamente reduzido, mas mesmo assim até os recentes estudos sobre a carne in vitro utiliza animais como base do experimento. As células utilizadas são de origem animal, a primeira técnica de produção da carne artificial retira algumas células do animal vivo, no início da primeira fabricação da carne em laboratório, utilizaram músculos de porcos como as células mioblásticas de base.
Para a produção de carne in vitro em massa, células-tronco são retiradas do músculo de uma vaca, seringas são enfiadas em seus pescoços, além disso os hormônios de crescimento (o soro) para as células é atualmente feito com >sangue de vacas em gestação, feto de cavalo e células do músculo de ombro de dois bezerros criados organicamente e cultivadas<, um esgotamento contínuo para o animal. Com isso de ''rebanho doador'', (por mais que tenha avanço no processo, os animais seriam explorados e escravizados para a retirada das células) os cientistas utilizarão centenas de animais de várias espécies de onde lhe darão algumas células para fazer carne sem terem de abater estes animais. A cultura de tecido da qual as células foram cultivadas utilizaram ''outros produtos de origem animal'' isso é controverso, aonde que isso seria vegan? nem pensar. 
De acordo com o The Telegrafh ''o Prof. Post disse que a maneira mais eficiente de fazer avançar o processo ainda envolveria abate. Ele disse: ''No fim, minha visão é que haja um rebanho limitado de animais doadores no mundo, que você mantenha armazenado e que se obtenha as células mode de lá''.
Isso de que a tecnologia atual da carne in vitro é livre de crueldade e origem animal é de longe uma mentira das grandes. A carne in viro é adepta do bem-estarismo.
Os engenheiros de tecidos estão buscando um substituto livre de crueldade e origem animal para o soro fetal bovino (porém as células de animais que são a base principal continuarão envolvidas).
As algas por exemplo seriam muito mais eficientes e permitiria a mesma quantidade de material em uma área menor e com menos insumos, como dito pela bióloga sintética Christina Aapakis.
Estão preocupados com a degradação ambiental? sim, mas o mais importante eles não conseguem enxergar: A produção de alimentos substitutos sem crueldade e origem animal. Apesar de tudo, a carne in vitro é direcionada para os carnívoros, que obviamente não dão uma foda sobre estas questões, mas sim se importariam com o custo alimentício que terão.
Sobre o couro artificial, eu acho absurdamente desnecessário utilizarem célula animal para sua produção já que existe no mercado uma porção de couros vegetais/sintéticos DYI e ecológicos sem a utilização de origem e crueldade animal. Todo produto que queira beirar demais essas merdas se transformam em lixo, é futilidade abusar de um animal para pegar sua célula e produzir um hambúrguer e uma jaqueta já que existe alternativas sustentáveis diversas.
Cultivar células animais em laboratório ainda seria um desperdício de recursos, mesmo as células podendo ser cultivadas em um meio artificial.
Além do massacre que ocorre na tradicional agricultura animal, o desperdício que acontece é enorme, por exemplo: os animais escravizados nesta ''indústria'' engordados propositalmente para o fim humano consome um terço dos grãos do mundo, com cerca de 1/4 de toda a terra usada para a pastagem e o confinamento.
Apesar dos pesares, isso não é uma evolução. Evolução para as massas seria por exemplo o hambúrguer da Impossible Foods.
''Um grande exemplo de que o ser humano de alto conhecimento falha em levar um produto ''sem a necessidade de abate'' (como disseram)  para as massas carnívoras é a criação de um hambúrguer que sangra, que tem a mesma textura que a da carne animal e que tem o mesmo gosto, esse de longe é o lema do veganismo''.
Realmente, eu concordo em alguns aspectos, mas se eu particularmente parar pra pensar, eu seria hipócrita dizendo que sou contra ''os substitutos'', por exemplo: a carne de soja é um substituto, a carne de jaca é um substituto, os produtos da Goshen (linguiças, salsichas, bifes, hambúrgueres, bacon, tender, presunto são substitutos e outros/outras vegans que consomem estes produtos disseram que não deixam nada a desejar) a diferença é que não contém o aspecto do sangue.
Como o professor de bilogia e física Patrick Brown disse: ''Temos de reinventar todo o sistema de como produzir comida. O resultado precisa ser um produto inacreditavelmente bom que possa competir com um produto que as pessoas amam há milhares de anos''. ''Nós sabemos que as pessoas não vão mudar seus hábitos alimentares até que apareça um produto ainda mais delicioso e satisfatório''.
 Eu discordo em alguns aspectos, os animais não são produtos, mas certos tipos de alimentos são redirecionados ao público carnista. São pegos pela boca, não querem nem saber de suas origens. Pra mudança de hábito alimentar e de uma vida, primeiro vem a libertação pessoal, em seguida automaticamente a animal. As vezes é muito duro imaginar que a maioria dos seres humanos só querem satisfazer a pança, se aquilo era uma vida inocente, hm, foda-se, isso é bom. É bem assim.

Eu estou falando do hambúrguer vegan que sangra e tem gosto de carne animal. Mas é livre de crueldade.
Patrick Brown, com a ajuda financeira (cento e oitenta milhões de reais) de Bill Gates e do Google, fundou a empresa Impossible Foods, com sede na Califórnia.
Impossible Foods já tem mais de 50 profissionais trabalhando na empresa e criando carne e queijo de origem vegetal.
''O novo hambúrguer tem uma textura muito parecida com a carne, ele é um pouco mais leve, talvez até mais macio do que um hambúrguer típico e tem menos gosto de sangue. Mas as mordidas ainda têm a consistência de tecido animal. Os grânulos de carne se unem, como seria de se esperar em um hambúrguer'' descreveu uma jornalista comedora de animais ao experimentar o hambúrguer.
 
 O que faz o hambúrguer vegan da Impossible Foods sangrar é o hemo. Hemo é um composto químico encontrado no sangue de animais e também nas raízes de algumas plantas que fixam oxigênio. O hemo foi isolado obtido das raízes e fez um sangue de origem vegetal, que é adicionado ao hambúrguer.
Hemo é basicamente 99% do segredo do sabor da carne do hambúrguer. Além de ser 100% vegetal, sendo assim sem crueldade animal, o hambúrguer da Impossible Foods, também é um alimento mais sustentável para o planeta. Se essa invenção milionária fizer sucesso entre os consumidores, salvaria bilhões de animais e para o meio ambiente uma ótima notícia também: o desmatamento, os quilômetros e quilômetros de florestas que serão polpadas, deixadas de ir ao chão para a abertura de pastos e para o cultivo de monoculturas que são transformadas em ração para os animais explorados confinados. A Impossible Foods está também desenvolvendo um queijo de origem vegetal e promete ser extremamente parecido com o convencional, assim também salvará bilhões de fêmeas e seus filhotes da tortura causada pela ''indústria'' cruel do leite animal.
                                                                                                [http://www.veggietal.com.br/http://www.guiavegano.com e /vista-se.com.br]

Este hambúrguer é exclusivamente para agradar o paladar de carnívoros, sem dúvidas. Eu não comeria este hambúrguer, mas seria muita hipocrisia MESMO da minha parte (e de uns 80% das/dos vegans de todo o mundo) dizer que não como produtos que se assemelham a algo de origem animal (mas obviamente sem crueldade animal), então não tenho problemas com os ''substitutos'', digo, aqueles produtos com uma aparência normalizada por humanos.
 Mesmo estando ciente de que é um produto 100% vegetal, me sentiria horrível ao morder uma carne vegetal que sangra, tem o mesmo gosto que os corpos dos animais e  a mesma consistência de tecido animal, não comeria uma coisa que me lembraria >bruscamente< aquelas paradas cruéis de fast-foods, mas não tem como negar que isto é um avanço absurdo, é um futuro alimentício sem este massacre animal que esta acontecendo agora.
É desnecessário criar um produto vegan com semelhança idêntica de uma parada cruel? não e sim.
É triste demais pensar que a maioria dos seres humanos precisariam no futuro de uma carne vegetal que sangra para se contentarem e automaticamente dar um ponto final nessa cultura carnista, não gosto de imaginar que deva ser tão difícil para a massa mundial abrir os olhos e no dia de amanhã dizer que não se importariam de comer batata pro resto da vida caso se fosse necessário para salvar a vida de bilhões de animais, não tem como dizer que ver um carnívoro comendo uma carne de origem vegetal que sangra seria finalmente o início da empatia brotando nas pessoas. Eu quero que este massacre todo acabe (estou falando de dar um basta em tudo que utilize animais para fins humanos), mas talvez só assim seria um passo na evolução humana, na libertação animal e na causa ambiental.

Tuesday, February 9, 2016

Space-Garden

Bom, se já é gratificante plantar, cultivar e colher nossos próprios alimentos em nossa casa (planeta Terra) então o quão incrível deve ser fazer isso no espaço? Isso mesmo! A tecnologia possibilitou astronautas plantar e cultivar plantas, vegetais e flores no espaço desde 1971. Depois desta data, surgiu inúmeros eventos de cultivo de plantas no espaço até agora, isto é simplesmente maravilhoso.
A importância de abordar este assunto é muito grande, pois a atividade (jardinagem espacial) além de poder ser usada como uma lição recreativa por homens e mulheres astronautas durante as missões de longa duração, trazer benefícios psicológicos e ajudar a 'reciclar' a atmosfera criando plantas para se alimentar, dá a habilidade necessária para os cosmonautas de cultivar sua própria comida em microgravidade, e o conhecimento adquirido os faz permitir que estendam suas explorações e possibilite a futura colonização no espaço.
Aqui vão apenas alguns exemplos: Tudo começou  com os astronautas soviéticos Viktor Patsayev e Vladislav em 1971 a bordo da Salyut (uma das primeiras estações espaciais) que cuidaram de plantas de linho, um dos primeiros experimentos que olhavam para o futuro. http://www.airspacemag.com/space/growing-pains-4148507/?no-ist
                     
         
Setembro de 96: Shanon Lucid admira a plantação de trigo na estação espacial russa Mir. Crédito: spaceflight/NASA  


                           
ano de 2000: Peggy Whitson checa o crescimento de grãos de soja no espaço. Crédito: NASA

 Peggy em uma de suas ''cartas para casa'' (um tipo de blog em que as/os astronautas contavam suas experiências de jardinagem espacial a bordo de suas estações espaciais) disse que as plantas de soja pareciam incríveis e que sua reação foi a mais dramática possível de tão surpreendente.
                                       
97: Leonid Kadenyuk ajustando sementes em crescimento de uma Brassica rapa que cresceu durante 16 dias a bordo de um ônibus espacial para o experimento colaborativo ucraniano (CUE). NASA
6 de Abril de 2003: uma flor russa desabrocha na ISS. NASA
Flor de abobrinha espacial flutuando durante uma chamada de vídeo de Don Pettit em fevereiro 2012. NASA 
                                 
Fyodor Yurchikhin e sua pequena plantação de alho, em junho de 2007. NASA
Cebolas, rabanetes, mostarda do campo, alface, soja, trigo, alho, ervilha, flor de abobrinha, girassol, zínia... Exemplos de plantas, vegetais e flores, todos cultivados no espaço, de 30 anos pra cá.
Um dos tripulantes posteriores da Salyut gostou tanto das cebolas espaciais que cultivou que até pedia ajuda repetidamente a uma botânica terráquea para tomar todos os cuidados corretos com sua plantação.
 Patsayev e Volkov também foram os primeiros a escrever sobre a jardinagem e seus benefícios, criando um blog para contar suas experiências, assim como Don Pettit que contou o dia-a-dia de sua experiência pessoal criando girassóis na Estação Espacial Internacional, assim como o cotidiano de uma flor de abobrinha https://blogs.nasa.gov/letters/2012/04/03/post_1333471169633/ (Don também cultivou brócolis!) Em apenas uma missão, ele criou três fábricas.
O astronauta Valentin Lebedev em 1982 a bordo da Salyut 6 foi o primeiro jardineiro espacial em cultivar uma semente pelo processo de germinação que se transformou  em uma planta que também produziu sementes, ao conseguir fazer um grupo de Arabidopsis (germinada e enviada para órbita em um ônibus espacial durante a missão STS-51) crescer e produzir mudas em microgravidade.

As flores de zínia foram as primeiras flores (como dito, não foram de jeito nenhum as primeiras flores espaciais) como parte de um experimento do Veggie (uma câmara de crescimento de baixo custo que usa um banco de luz de painel plano que inclui LED's vermelhos, azuis e verdes, e que utiliza uma fonte de dióxido de carbono para promover o crescimento das plantas), assim como ajudar os cientistas a aprender a cultivar alimentos em órbita para a agência Viagem a Marte.
Tweet de Scott Kelly, a flor de zínia que floresceu em 16 de janeiro de 2016

                           
Veg-01: NASA   
                             
Veg-01 e 02: NASA  
                                     
Veg-03: NASA 
      Scott Kelly e outros tripulantes da ISS cultivaram, colheram e comeram pela primeira vez (10/08/2015) uma alface cultivada no espaço, o acontecimento foi transmitido pela TV da NASA (que no mesmo dia ocorreu a caminhada espacial em volta da estação para realizar reparos e instalações) a alface vermelha que foi cultivada na Veg-01 e levada a órbita a bordo da SpaceX Dragon, as sementes estavam em 'travesseiros' de enraizamento e foram ativadas por Kelly em julho, as plantas cresceram por 33 dias antes de ser colhidas.

As plantas cultivadas na unidade Veg-01 foram observadas para determinar como as plantas detectam e respondem à microgravidade. As alfaces foram colhidas e estudadas antes de serem liberadas para o consumo da tripulação em órbita. Os astronautas vão limpar as folhas verdes com base de ácido cítrico antes de consumi-los. Eles vão comer metade no espaço, guardando a outra metade para ser embalada e congelada na estação até que possa ser retornado para a Terra para uma análise científica. A instalação Veggie é o maior volume disponível a bordo da ISS para o crescimento das plantas, o que permitirá o estudo de plantas maiores, que não puderam ser cultivadas em experiências anteriores.
O ensaio usado em Veg-01 (e 2) foi alface cultivada em dois tamanhos diferentes de argila calcinada, para comparar zonas de raiz entre as duas zonas de mídia para determinar a água e distribuição de raízes para futuras investigações.
A atmosfera de tecido forneceu informações sobre possíveis anomalias de crescimento ao ser comparadas com controles de solo, dados ambientais foram fornecidos por um registrador de dados que mediu a temperatura, umidade e pCO2.
Veg-03 marcou a segunda implantação operacional da unidade de Veggie que foi usado pela primeira vez no primeiro semestre de 2014 para crescer plantas de alfaces romana vermelhas como parte de uma prova de conceito da unidade de crescimento de plantas incluindo dois tamanhos diferentes de argilito. 
O objetivo geral do estudo do  Veg-03 é entregar mais dados sobre o desempenho da unidade de crescimento das plantas e os travesseiros de plantio.
Tripulantes da ISS prontos para saborear uma alface vermelha cultivada na veg-01, uma fonte de antioxidante e proteção contra a radiação espacial. NASA  
Gráfico de Marte: A NASA pretende cultivar alimentos em outros planetas como um suplemento alimentar para os astronautas, fornecendo vitaminas e nutrientes. NASA
                                   
Arte computadorizada da NASA baseado em uma estação espacial jardinada
 
[http://spaceflight.nasa.gov/