O cobiçado Planeta Nove realmente existe? Cientistas do Caltech dizem terem encontrado evidências sólidas de um nono planeta no sistema solar
Batygin e Brown acabaram por entender que, dos 13 objetos considerados, seis tinham órbitas elípticas que ''apontavam para a mesma direção no espaço físico'': ''É como ter seis ponteiros num relógio todos a moverem-se a velocidades diferentes e quando se olha para eles estão todos no mesmo sítio'', diz Brown bum comunicado pela Caltech.
Os pesquisadores se depararam com as primeiras pistas deste corpo celeste, diretamente falando, ''Planeta X'' em 2014 e a previsão foi possível através de uma série de cálculos matemáticos e simulação computacional pelos dois cientistas. Planeta Nove ainda não foi visto diretamente, então não é possível ter certeza plena de sua existência, mas teoricamente acreditam que ele está lá por conta da turbulência observada. Segundo os cientistas, a probabilidade de que a configuração seja apenas mero acaso, e não um nono planeta é de apenas 0,007% ou seja, quase ínfima. Eles acreditam que em até 5 anos será possível observar o Planeta X de fato, através de telescópios.
''Só dois planetas foram descobertos desde os tempos antigos. Este seria o terceiro'', disse Brown, em comunicado da Caltech. ''É uma porção significativa de nosso Sistema Solar que ainda precisa ser descoberta. É muito empolgante.''
Brown observa que o o nono planeta tem 5 mil vezes a massa de Plutão, e por isso, seria suficientemente grande para que sua classificação como planeta seja indiscutível. Ao contrário da classe de objetos menores agora conhecida como planetas anões, o Planeta Nove gravitacionalmente domina sua vizinhança do Sistema Solar. Na verdade ele domina uma região maior do que qualquer dos outros planetas conhecidos, um fato que Brown diz que o torna ''o mais planeta-y dos planetas em todo o Sistema Solar.''
Batygin e Brown descreveram seu trabalho na edição atual do Astronomical Journal e mostraram como o Planeta Nove ajuda a explicar uma série de fenômenos misteriosos que ocorrem com um conjunto de objetos congelados e destroços localizados além de Netuno, conhecidos como Cinturão de Kuiper.
Os cientistas tem especulado há décadas que poderia haver um planeta a mais em nosso Sistema Solar, e que alguma colisão o teria ejetado para bem longe, a cerca de 4 bilhões de anos atrás.
Cientistas acreditam há tempos que o SS começou com quatro núcleos planetários que captaram todo os gases da chamada ''nuvem primordial'' que havia em torno deles e, assim, formaram os quatro planetas gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Ao longo do tempo, colisões e emissões os moldaram e os levaram até a posição em que eles se encontram hoje. ''Mas não há por que não pensarmos que houve cinco núcleos em vez de quatro'', diz Brown. Essa colisão gigantesca pode ter sido com Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar.
Em 1846 o matemático francês Urbain Le Verrier previu a existência de um planeta gigante por conta de efeitos gravitacionais na órbita de Urano. Astrônomos do Observatório de Berlim encontraram o novo planeta: Netuno, exatamente na região prevista através de cálculos matemáticos.
''A princípio, estávamos céticos de que este planeta poderia existir, mas continuamos a investigar sua órbita e o que isso significaria para a periferia do Sistema Solar e ficamos cada vez mais convencidos de que ele existe.''disse Batygin, coautor do estudo.
''Pela primeira vez em mais de 150 anos, há evidências sólidas de que o censo planetário do Sistema Solar está incompleto.''
Brown, bem mais conhecido pelo papel significativo que desempenhou na demolição de Plutão como um planeta a um planeta-anão acrescenta: ''Todas aquelas pessoas que são loucas pelo fato de que Plutão não é mais um planeta podem ficar felizes em saber que existe um planeta real lá fora ainda a ser encontrado.'' diz ele. ''Agora podemos ir e encontrar este planeta e tornar o Sistema Solar a ter nove planetas novamente.''
Créditos: http://iopscience.iop.org, http://www.caltech.edu e http://www.galeriadometeorito.com
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