Teoricamente, o vácuo é a total ausência de matéria visível ou invisível em determinada região.
Mas o que agora não falta são cientistas tentando driblar limitações, usando os maiores amplificadores da história em busca dos sons do Universo. E eles têm um ótimo motivo para isso: o barulho cósmico emite ondas eletromagnéticas dando informações, que são capazes de ajuda-los a desvendar acontecimentos e os corpos mais misteriosos que existem, o Big Bang e os buracos negros. E, se tudo ocorrer como o desejado, os sons do silêncio poderão trazer algo bem maior: provar que existem outros Universos além do nosso.
Vários cosmólogos defendem a ideia de que o começo de tudo não foi o Big Bang, mas que havia algo antes - talvez um outro Universo que tenha dado origem ao nosso, talvez o colapso de um buraco negro em outro Cosmos, que tenha produzido nosso Big Bang... Esta é a teoria cada vez mais aceita do Multiverso - a noção de que habitamos apenas um entre muitos Universos. Uma das possibilidades é detectarmos ondas gravitacionais vindas desses outros Cosmos, ondas que atravessariam as ''paredes'' do nosso Universo, revelando toda uma nova fauna cósmica além dos limites de tempo e espaço do velho Big Bang. Seria uma forma um tanto bizarra de descobrir que não estamos sozinhos... Bom, haja o que houver lá fora, nossos ouvidos estarão atentos.
Contudo, os aparelhos estão sendo sintonizados e preparados para fazer grandes descobertas. Conforme a capacidade de detectar as ondas aumente, será possível até mesmo ambicionar a solução para o maior de todos os mistérios: o que teria acontecido antes do Big Bang.
Cientistas dizem que o Universo está cheio de (sons) e os convertem para a nossa audição. Dada a informação retirada de espectros eletromagnéticos, converte-se esses valores para sons audíveis e conseguimos, por exemplo, ouvir as trovoadas de Júpiter e o som do satélite natural de Saturno (Miranda).
As ondas de rádio assim com a luz não são ondas materiais, mas sim eletromagnéticas. O que as difere das demais, é a capacidade de se propagar no vácuo. Por exemplo, os rádios portáteis dos astronautas ficam dentro dos trajes espaciais, que possuem o ar, que fornece um meio para que o som se propague, assim como se você estivesse no espaço e se chocasse contra qualquer objeto, iria ouvir o som do impacto, porque haveria um meio pelo qual o som pude-se se propagar e ele chegaria aos seus ouvidos. Porém uma pessoa que o observasse não ouviria nada.
Então, as ondas eletromagnéticas são transformadas em som e captadas pelos ouvidos dos astronautas. O mesmo acontece dentro das naves espaciais, onde o ambiente fornece as condições necessárias para que as mensagens possam ser ouvidas e recebidas.
O som se propaga através de ondas mecânicas, que são pertubações que se movem e carregam a energia de um lugar para o outro através de um meio. A velocidade do som depende do meio na qual a onda se propaga, e quanto mais denso mais lenta a propagação.
O som é uma onda mecânica longitudinal. Quer dizer que o som se propaga através da compreensão e distensão de um meio de propagação ( o ar no caso da fala, embora possa ser igualmente transmitido por líquidos e sólidos). Como onda mecênica que é, requer um meio de propagação - precisa de partículas entre as quais a energia da onda possa ser transmitida. Isto significa que no espaço, onde o meio é extremamente rarefeito ( existem menos de um átomo por metro cúbico e volume), não existe maneira de a energia se transmitir entre partículas.
Não pode haver vibração e o som não se transmite. É por isso que não ouvimos som no espaço.
Com a divulgação de informações do início do Universo, em março de 2013 pelo telescópio espacial Planck, o professor de física John Cramer da Universidade de Washington, recriou em março de 2013 por meio do telescópio espacial Planck, o que seria o som do Big Bang, que ocorreu há 13,8 bilhões de anos. Por meio de cálculos matemáticos, Cramer produziu um som com altas frequências - o que só foi possível com os dados coletados do Planck, (o efeito é semelhante ao que os sismólogos descrevem como um terremoto de magnitude 9, que faria com que todo o planeta ressonasse. neste caso no entanto, o som se espalharia por todo o Universo).
''O espaço tempo produziria som quando o Universo era suficientemente pequeno'' diz Cramer. Em 2001, com muito menos dados, ele escreveu uma coluna descrevendo como seria o som do Big Bang baseado em dados de ondas de radiação cósmica.
Foi usado um programa de computador para converter os dados em sons do Universo 380 mil anos após o Big Bang. O som era tão baixo que Cramer teve que aumentar a frequência em 100 septilhões de vezes. As frequências de som utilizadas na simulação deve ser dimensionado para cima por um grande fator de (cerca de 10 a 26 de energia) para coincidir com a resposta do ouvido humano, porque as frequências reais são um golpe grande, que tinham comprimentos de onda na ordem de uma fração do tamanho do Universo, eram baixas demais para ser ouvidos por seres humanos.
O som da simulação do Big Bang inclui o espectro de frequência de pico multiplicado medido pelo Planck, é feito em uma única onda de som (mono, não estéreo). De acordo com a análise de Planck, o perfil de emissão da radiação cósmica de fundo atingiu um pico de 379.000 anos e caiu de intensidade de 60% a 110.000 anos antes e após o tempo de emissão de pico.
John Cramer interpretou os últimos dados do telescópio Planck sobre o Big Bang para recriar o som do nascimento do nosso Universo no momento em que este tinha apenas 760.000 anos de idade.
Fontes: http://faculty.washington.edu, pequenoastronomo.blogspot.com.br, teoriadobigbang.wordpress.com e http://astronomia.galactica.pt/
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